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domingo, 11 de outubro de 2009

Paraná ganha primeira biofábrica do sul do País

Com o novo laboratório, os agentes nocivos às lavouras devem ser combatidos com inimigos naturais das pragas. Outro benefício do uso de inseticidas biológicos é garantir um alimento mais saudável ao consumidor. Promover o desenvolvimento sustentável e reduzir o uso de agentes químicos nas lavouras de agricultores familiares serão os desafios para a Biofábrica do Paraná, a primeira do sul do Brasil, inaugurada recentemente no município de Jacarezinho, norte pioneiro do Estado. A iniciativa da Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior conta com a colaboração do Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar), Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater) e Universidade Estadual do Norte do Paraná (Uenp). O laboratório vai funcionar nas antigas instalações de uma unidade do Tecpar.
O objetivo do laboratório será produzir inseticidas biológicos por meio da produção de inimigos naturais das pragas, que podem ser de grande valia nessa luta. Ao utilizar essa forma de combater agentes nocivos às lavouras, o produtor rural, em particular o pequeno agricultor, tem redução nos custos de produção, garante um alimento mais saudável ao consumidor e diminui ou mesmo elimina a utilização de agrotóxicos. "A biofábrica faz parte de um projeto da Seti de expandir tecnologia para a agricultura familiar. Queremos incentivar cada vez mais a agroecologia e a produção de alimentos orgânicos (produzidos sem qualquer tipo de contato com substâncias químicas) e dar toda a atenção a esses produtores, uma vez que eles são responsáveis por 85% dos alimentos consumidos pela população", explica a secretária da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Lygia Pupatto.
A secretária acredita que a redução drástica de agrotóxicos nas lavouras é uma tendência mundial. Por isso a necessidade de atender às demandas globais para utilizar práticas agrícolas menos agressivas ao meio ambiente. "Existe uma discussão sobre esse assunto e todos concordam que a busca pelo desenvolvimento sustentável é o caminho para um futuro melhor e com menos danos ao ambiente. Há essa necessidade de se aprender tudo de novo, redescobrir o mundo, romper com essa cultura dos agrotóxicos. O controle biológico protege a biodiversidade, diminui o risco de atingir outros organismos e não polui o solo, a água e os alimentos. Além disso, a questão financeira é interessante, pois os produtores conseguem um preço melhor na sua mercadoria e não terão custos para receber esses organismos", afirma. Para solidificar essa ideia, Pupatto diz que o governo do Estado deve utilizar seus núcleos regionais para dar aos produtores uma certificação que garanta que o alimento é livre de agentes químicos.
"Para se obter essa garantia, o produtor precisa desembolsar. A partir de outubro, por meio desses núcleos, os agricultores poderão receber a certificação de forma gratuita, o que, consequentemente, auxilia a redução de custos da atividade", informa. Ela conta ainda que o investimento para a criação da fábrica foi baixo. "Aproveitamos a estrutura pertencente à Tecpar. Fizemos algumas adaptações e o custo total saiu por R$ 200 mil. É um investimento baixo que garante retorno em um curto prazo de tempo", comenta.

Fonte:Paraná On-Line

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Área Agricultura Orgânica 07